sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Carolina Costa Cavalcanti - O Fim do começo

 
Carolina Costa Cavalcanti
Carolina Costa Cavalcanti é jornalista, pedagoga e mestre em Tecnologias Educacionais. Atua como designer instrucional dos cursos a distância do CEPAUSP e assessora pedagógica em educação a distância da Agenda Pública. É filha de um dos casais de músicos mais queridos da igreja Adventista do Sétimo dia: Williams Costa Jr. e Sonete. Colabora como escritora do site http://eoqha.net e tem seu próprio blog http://carolina-cavalcanti.blogspot.com. Lançou neste mês de setembro, pela Casa Publicadora Brasileira, a ficção O FIM DO COMEÇO.
De olho neste ótimo livro, fiz contato com a Carolina, que concedeu ao nosso site* a entrevista abaixo:

* Carolina, você vem de uma família de músicos. Por que escolheu as letras e não as cifras?
Escolhi as letras por ser, pelo menos para mim, muito mais fácil. Uma questão de dom mesmo. Quando era criança tive que estudar piano, imagina, meu pai é compositor e minha mãe cantora. Não deu muito certo sabe. Odiava praticar e não levava jeito para isso. Na música só tinha jeito para cantar. Meus pais queriam tanto que fosse pianista, mas não deu certo. Assim que fui para o colégio interno aos 15 anos deixei de estudar piano. Entretanto, aos 15 anos já havia escrito três livros. É lógico que nunca serão publicados. Escrevia por diversão e só para mim mesmo. Era algo que me fazia feliz.


* Você colabora com o site É O QUE HÁ, que iniciou com uma proposta inovadora em retratar um pouco da arte produzida por cristãos adventistas e discutir a arte secular. Como é a experiência de participar do grupo desse site?
É uma experiência muito enriquecedora. Conheci o Matheus, criador do site, por meio da minha irmã, a Laura Morena, que estudava com ele no UNASP. Acessei o site e me apaixonei pela proposta. Enviei um texto e perguntei se poderia colaborar. O Matheus foi super receptivo e publicou todos os textos que encaminhei. No último ano publiquei poucos textos, pois tive um bebê e o tempo para escrever ficou restrito. Mesmo assim, o É O QUE HÁ mora no meu coração e pretendo continuar contribuindo por muito tempo.

* Em seu blog há vários textos que deixam claro o seu relacionamento com Deus. Você possui alguma experiência que surgiu a partir desses seus testemunhos na rede?
Comecei a escrever o blog para ter um local onde poderia colocar pensamentos que acreditava que mereciam ser registrados. Constantemente me deparo com situações do dia-a-dia que me fazem parar para pensar. Muitas vezes, pela falta de tempo e a correria de conciliar as múltiplas funções de esposa, mão e profissional, não permitia que estes pensamentos fossem registrados. Creio que meu blog não seja muito acessado. Mesmo assim, em vários artigos que escrevi existem comentário de pessoas que nem conheço agradecendo pela mensagem. Acho muito legal que um pensamento ou reflexão que me tocou possa fazer a diferença na vida de alguém.


* Ainda em seu blog, é impossível não destacar a forma que você menciona seus filhos. Como é ser mãe?
Ser mãe é uma experiência maravilhosa. Sou mãezona mesmo. Creio que a família é um presente de Deus e busco dar prioridade para meus filhos e esposo em tudo que faço. Muitas vezes ser mãe não é fácil. É difícil corrigir, educar... por outro lado, é muito fácil amar, dar carinho, brincar. Através de meus filhos consigo entender novas dimensões do amor de Deus por cada um de nós. Todos os dias entrego a vida de meus filhos nas mãos do Senhor para que cresçam para servi-Lo.


* Agora fale um pouco do seu livro, O FIM DO COMEÇO, o que o leitor pode esperar dele?
O FIM DO COMEÇO é uma história que surgiu no meu coração há mais de 10 anos. Queria que, de alguma forma, os jovens parassem para pensar em questões realmente importantes e que podem ser determinantes para sua salvação. Acima de tudo, o livro contém uma história envolvente, fictícia e baseada em fatos reais. Tem uma linguagem simples, personagens interessantes e muitas surpresas. Fico muito feliz ao pensar neste projeto. Graças a Deus tenho recebido inúmeras mensagens de pessoas que começaram a ler o livro e só conseguiram parar no final. Elas me agradecem pela história e eu louvo a Deus em meu coração por saber que isso é resultado de muita oração.


* E como surgiu a idéia de escrever essa história?
Este é um projeto missionário que comecei a produzir no ano de 2000. Na época tinha acabado de me formar na faculdade de jornalismo e ainda não sabia o que iria fazer da vida. Decidi escrever o livro.
Depois de 6 meses havia escrito metade do livro. Entrei no mestrado, depois comecei a trabalhar em uma universidade e já não tinha tempo para investir no projeto. Quando meu primeiro filho nasceu em 2007 decidi que este era o momento. Aproveitei o período da licença maternidade para escrever. Enquanto o bebê dormia de manhã escrevia um trecho da história. Lógico que foi necessário adaptar muito daquilo que havia escrito no ano 2000. A visão de mundo que tinha na época era diferente. Agora era esposa, mãe, professora... tinha mudado. A história foi adaptada e concluída. Fiquei feliz com o resultado.


* Você acha que ficções têm um papel relevante no evangelismo atual?
Creio que as ficções de cunho cristão tem um papel muito importante, pois permitem que as verdades bíblicas sejam abordadas de maneira leve, simples e acessível. Além do mais, existem muitas pessoas que gostam de ler e, por falta de opção, acabam se voltando para os romances seculares que não enriquecem sua vida espiritual, muito pelo contrário. É necessário dar melhores opções para estes leitores. Daí a importância de estimular jovens autores a produzir livros de qualidade que tenham uma mensagem que modifique vidas, que leve as pessoas à Cristo.

...

Para saber mais sobre O FIM DO COMEÇO, acesse AQUI.
Para ADQUIRIR o livro acesse AQUI.

* A entrevista foi originalmente publicada no site www.deniscruz.com.br

domingo, 21 de outubro de 2012

A arte de escrever bem para o bem

Texto de Michelson Borges

Há livros para ser lidos e outros para ser degustados. A Arte de Escrever, de Arthur Schopenhauer, está na segunda categoria – não por acaso: do começo ao fim, o autor aplica as regras que ensina. Escrito na primeira metade do século 19, o livro surpreende justamente por ter sido produzido por um filósofo alemão. Seus pares são conhecidos pelas obras massivas (e, às vezes, maçantes) que legaram ao mundo. Mas Schopenhauer é diferente. Segundo ele, “um bom cozinheiro pode dar gosto até a uma velha sola de sapato; da mesma maneira, um bom escritor pode tornar interessante mesmo o assunto mais árido” (A Arte de Escrever, p. 21 – L&PM, 2005).

Clareza e estilo vivo marcam a obra do filósofo. Ele é o tipo de autor que lapida o texto como se cada palavra devesse ter o sentido exato para o qual foi designada, a fim de que o leitor não entenda nada além do que o autor quis dizer. O texto deve ser claro e fácil de entender, pois, “se lemos algo com dificuldade, o autor fracassou”, conforme escreveu Jorge Luis Borges. O tempo e a paciência do leitor também devem sempre ser considerados por quem escreve, ainda que seja apenas um e-mail. Por isso, as dicas de Schopenhauer valem para todos os que redigem – desde um bilhete até um livro.

A Arte de Escrever não trata apenas da escrita, mas dos atos de pensar e ler. Para o autor, mais do que obter informação, devemos ter pensamentos profundos oriundos de reflexão. Mas o que nos interessa aqui são suas dicas de redação: “Não há nada mais fácil do que escrever de tal maneira que ninguém entenda; em compensação, nada mais difícil do que expressar pensamentos significativos de modo que todos os compreendam. O ininteligível é parente do insensato, e sem dúvida é infinitamente mais provável que ele esconda uma mistificação do que uma intuição profunda. [...] a simplicidade sempre foi uma marca não só da verdade, mas também do gênio. [...] escrever mal, ou de modo obscuro, significa pensar de modo confuso e indistinto. [...] muitos escritores procuram esconder sua pobreza de pensamento justamente sob uma profusão de palavras. [...] É sempre melhor deixar de lado algo bom do que incluir algo insignificante. [...] o sinal de uma cabeça eminente é resumir muitos pensamentos em poucas palavras” (ibid., p. 83, 84, 93).

Outra marca dos escritos de Schopenhauer são as boas metáforas e comparações. Por exemplo: “Os pensamentos obedecem à lei da gravidade, de modo que o caminho da cabeça para o papel é muito mais fácil do que o caminho do papel para a cabeça, então é preciso ajudá-los no segundo percurso com todos os meios à nossa disposição” (ibid., p. 111). Aí entram as dicas de redação e o esforço para escrever bem. Aliás, dizem que Platão redigiu sete vezes a introdução de sua República, com diversas modificações.

Isso me lembra um texto de Graciliano Ramos sobre as lavadeiras de Alagoas: “Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa.”

Outro livro importante para os que se aventuram no mundo das letras é A Redação Pelo Parágrafo, de Luiz Carlos Figueiredo (Editora UnB, 1995). À semelhança de Schopenhauer, Figueiredo defende a organização e o encadeamento dos parágrafos, a fim de ajudar o leitor a acompanhar o raciocínio. Em sua obra, Figueiredo trabalha em seis capítulos, que abordam a organização das ideias, os tipos e tamanhos de parágrafos e a ligação entre eles. Não é à toa que a capa do livro seja ilustrada com uma corrente de letras: cada elo representa um parágrafo (no qual apenas uma ideia deve ser trabalhada) que deve estar ligado ao outro pela ideia central do texto.

Ater-se à ideia central e caprichar na composição de cada parágrafo é como fazer uma boa construção. Para usar outra ilustração schopenhaueriana: “Poucos escrevem como um arquiteto constrói: primeiro esboçando o projeto e considerando-o detalhadamente. A maioria escreve da mesma maneira com que jogamos dominó. Nesse jogo, às vezes segundo uma intenção, às vezes por mero acaso, uma peça se encaixa na outra, e o mesmo se dá com o encadeamento e a conexão de suas frases. Alguns sabem apenas de modo aproximado que figura terá o conjunto e aonde chegará o que escrevem. Muitos não sabem nem isso, mas escrevem como os pólipos de corais constroem: uma frase se encaixa em outra frase, encaminhando-se para onde Deus quiser” (ibid., p. 115).

Ao tratar do tema das incômodas orações intercaladas (que despedaçam o período principal), Schopenhauer diz que “uma pessoa só pode pensar com clareza um pensamento de cada vez; assim, não se pode exigir que pense dois, ou mesmo mais, de uma vez só” (ibid., 115). O mesmo vale para os parágrafos.

Figueiredo afirma que, “na escrita, os parágrafos são as principais partes de determinado texto (artigo, capítulo, entrevista, ensaio, etc.). Para assimilar o texto, o leitor precisa entender as partes, isto é, os parágrafos. E o escritor, para ser entendido pelo leitor, tem que construir textos divididos em parágrafos que espelhem divisão lógica, da qual fazem parte a unidade, a coerência e a consistência” (A Redação Pelo Parágrafo, p. 12). E compara: “Os parágrafos são como ‘prateleiras’ que dividem uma sequência de informações ou pensamentos. Servem para facilitar a compreensão e a leitura do texto, dar folga ao leitor, que acompanha, passo a passo, a linha de raciocínio desenvolvida pelo escritor. [...] O entrelaçamento de um parágrafo com outro, ou a ligação de um raciocínio com outro, dá coesão ao texto” (ibid., p. 13, 14).

Para dar aquela “afiada” no uso da língua, um ótimo e prático livro é A Arte de Escrever Bem – Um guia para jornalistas e profissionais do texto, de Dad Squarisi e Arlete Salvador (Editora Contexto, 2004). As autoras também batem nas teclas da concisão e da simplicidade. “A frase curta tem duas vantagens. Uma: diminui o número de erros. Com ela, tropeçamos menos nas conjunções, nas vírgulas e nas concordâncias. A outra: torna o texto mais claro. Clareza é, disparado, a maior qualidade do estilo. Montaigne, há quatrocentos anos, ensinou: ‘O estilo deve ter três qualidades – clareza, clareza, clareza’. [...] Palavras longas e pomposas funcionam como uma cortina de fumaça entre quem escreve e quem lê. Seja simples. Entre dois vocábulos, prefira o mais curto. Entre dois curtos, o mais expressivo” (A Arte de Escrever Bem, p. 23, 27). 

As autoras fazem eco a Schopenhauer e destacam, além da clareza, a concisão. “Concisão não significa lacônico, mas denso. Opõe-se a vago, impreciso, verborrágico. No estilo denso, cada palavra, cada frase, cada parágrafo devem estar impregnados de sentido” (ibid., p. 39). Por isso, ler e reler o texto, cortando as “gordurinhas”, sempre faz bem, afinal, como disse Marques Rebelo, “escrever é cortar”. 


Finalmente, mas não menos importante (na verdade, é mais), indico o livro O Outro Poder, de Ellen G. White (Casa Publicadora Brasileira, 2010). Quem escreve, assim como quem fala, deveria sempre usar as palavras para ajudar as pessoas a crescer física, mental e espiritualmente, e a melhor maneira de fazer é isso é atraindo “a atenção das pessoas para as verdades vivas da [Palavra de Deus]” (O Outro Poder, p. 9). Escritores cristãos (e não apenas eles, evidentemente) deveriam lapidar seus textos de modo a interessar o leitor para que ele seja levado a considerar seriamente a mensagem de esperança por trás das letras.

Embora, como Schopenhauer, Ellen White tenha escrito seus livros há mais de um século, ela estava à frente de seu tempo no que diz respeito à compreensão do que significa escrever de maneira interessante. Ela aconselhou: “Nossos periódicos devem sair repletos de verdade que apresente interesse vital e espiritual para o povo. [...] Compete a nossas publicações a mais sagrada obra de tornar clara, compreensível e simples a base espiritual da nossa fé” (ibid.). Clareza, compreensibilidade e simplicidade deveriam ser qualidades do texto de todos os que escrevem para o público. O alvo? Ei-lo: “A escrita deve ser usada como meio de semear a semente para a vida eterna” (ibid., p. 13).

A autora também aconselha concisão para manter o interesse: “Concisão deve ser observada, de modo a interessar o leitor. Artigos longos e enfadonhos são prejudiciais à verdade que o escritor pretende apresentar” (ibid., p. 56). Aos leitores, ela aconselha: “Não temos tempo para devotar a assuntos vulgares, nem tempo para gastar com livros que apenas entretêm” (ibid., p. 98).

Um texto bíblico que serve de boa dica para quem quer escrever bem e com eficácia é Habacuque 2:2: “E o Senhor Deus disse: ‘Escreva em tábuas [jornal, folhetos, livros, sites, blogs] a visão que você vai ter, escreva com clareza o que vou lhe mostrar, para que possa ser lido com facilidade’” (NTLH).

Assim, não importa se se trata de um bilhete de porta de geladeira, e-mail, artigo ou livro, escreva com clareza, simplicidade e concisão; releia o que escreveu antes de publicar e coloque o coração em cada palavra. O leitor agradece.

Michelson Borges

Nota: O leite materno é a quintessência do que existe em termos de nutrição. Por quê? Porque ele é o melhor que o corpo da mãe pode produzir para o crescimento e a saúde do bebê. O texto de quem escreve para o bem deve ser como o leite materno: produzido com carinho e adequado às necessidades de quem lê, proporcionando-lhe saúde e crescimento. Por que pensei nessa analogia? Simples: porque o texto acima começou a ser escrito numa madrugada, na maternidade da Santa Casa de Tatuí, SP, depois que acordei minha esposa para amamentar nosso recém-nascido filho Mikhael.[MB]

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Fernanda Lima e seu "Um passo a mais"


Esta entrevista foi concedida ao jornalista Wendel Lima e publicada na revista Conexão JÁ de abril/junho de 2011 e agora a divulgamos por aqui.

Porém, antes de ler a entrevista, permitam um breve comentário: O Wendel tem renovado muitos aspectos da revista jovem de nossa igreja e as mudanças vão muito além do novo nome (Conexão 2.0). Registramos aqui nossas congratulações pelo brilhantismo na editoria do periódico e, claro, não podia faltar o clamor: CONEXÃO MENSAL! CONEXÃO MENSAL!

Não conhece a revista? Está perdendo E MUITO. Acesse e assine AQUI! 


O passo mais importante

Fernanda Lima
http://umpassoamais.wordpress.com/
 Numa cadeira de rodas, ela aprendeu que a felicidade não depende das circunstâncias, mas do relacionamento que se tem com Deus. O testemunho de Fernanda Lima é um apelo para uma geração superficial

Eu nunca imaginei que um dia fosse entrevistá-la. Criados na mesma Igreja Adventista da Zona de Norte de São Paulo, minha amizade com a Fernanda Lima foi formada após seu trágico acidente, na véspera do Dia das Mães de 1998. Acidente que matou 14 jovens que voltavam de um congresso e que a colocou numa cadeira de rodas, aos 18 anos. Conheci poucas pessoas como a Fernanda, que fazem perguntas tão profundas quanto a experiência que procuram ter com Deus. 

Mas nem sempre foi assim. Como ela mesmo se define, até o acidente, era uma pessoa normal, leia-se espiritualmente superficial. Porém, após a tragédia, ela aprendeu que poder tem as simples, mas imprescindíveis decisões. Tornou-se atleta paraolímpica, ganhou medalhas de ouro na natação e bateu recordes. Mais do que isso, testemunhou sobre o sábado para nadadores e comissões técnicas. Terminou a faculdade, concluiu seu curso de inglês. Comprou carro, apartamento e aprendeu a morar sozinha. Tem testemunhado por todo o Brasil falando de sua experiência de superação e busca por Deus. Recentemente, contou sua história na obra Um Passo a Mais, lançado pela CPB, e que foi escolhido como o livro do ano de 2011 para os jovens. É sobre tudo isso que conversamos por telefone. Leia, porque você vai se identificar.

Conexão JA: No começo do teu livro, você declara algo que acho fantástico: seu único problema era ser normal. Esse é o problema dos cristãos hoje?
Fernanda Lima: Sem dúvida. Se eu falar só normal eu vou ser pouco específica. Eu acho que nosso problema é ser superficial. Faz parte da normalidade lidar com erros e acertos, mas o que nos marca é nossa superficialidade no relacionamento com Deus e com as pessoas. Nós vivemos numa situação estanque, mas como a vida é dinâmica, você não consegue ser assim por muito tempo. Por isso, eu sempre digo que uma vida superficial, uma hora ou outra, vai resultar num momento de crise. Ninguém consegue manter a aparência de normalidade.

Essa peculiaridade é mais forte em nossa geração?
Sim. Nosso acesso à informação aumentou muito e isso nos deixa extremamente ansiosos. O ritmo de vida, principalmente nas cidades grandes é muito intenso, muito rápido, e o vazio que o homem tem continua muito grande. Essa ânsia leva as pessoas a manter a mente ocupada, mas o coração vazio. Tudo porque para escolher com que preencher esse vazio é preciso parar.

Como nasceu a ideia do livro?
Era o pedido de muitas mães que ouviram meu testemunho. Elas queriam que os filhos e outros familiares também conhecessem minha história. Eu tentei escrever algo por duas vezes, mas não deu certo. Até que em 2009 decidi tentar de novo. Orei e em 30 dias o livro estava pronto.

Como os leitores têm reagido?
Apesar de eu não ter feito nenhum lançamento oficial, houve um movimento na internet, feito por amigos, para promovê-lo. Alguns sites institucionais e a Rede Novo Tempo também divulgaram. Daí surgiram vários convites para testemunhar e lançar o livro em igrejas de vários estados. Os leitores têm respondido também por e-mail e pelo Orkut. É muito bom ver que o livro serve como uma mola propulsora para a vida espiritual deles.

Em nosso tempo, as pessoas estão cansadas dos discursos protocolares e promocionais. Prezam mais por uma espiritualidade autêntica. Você acredita que esse pode ser um ponto forte de identificação com seu livro, que usa uma linguagem simples e direta como de um diário, ora temperada com humor, mas sempre autêntica?

Talvez, por não ser escritora e não ter muita consciência das técnicas, eu optei pela transparência. Eu sinto essa carência na literatura religiosa. Acho a linguagem muito engessada e já ouvi isso de outras pessoas também. Eu sou uma pessoa descontraída, por isso, o humor é algo natural no livro, como se estivesse conversando. Isso é mais importante ainda hoje, quando os cristãos estão perdendo o hábito de ler. Acho que além de uma linguagem mais informal, deveríamos usar a ficção, como é feito nos Estados Unidos.

Como ter uma vida significativa e reflexiva em meio à turbulência?
Fazendo boas escolhas. Deus é fantástico, porque ao mesmo tempo que Ele é muito complexo, também é simples. Dentro das 24 horas que Ele dá para todo mundo, se nós realmente quisermos, é possível priorizar a vida espiritual. Não precisamos dar uma chance para Deus, é preciso aproveitar as chances que Ele nos dá. A única forma de não sermos engolidos por esse sistema, é a boa e velha receita de começar o dia com Deus e de alguma forma, nos momentos livres durante o dia, manter comunhão com Ele, seja por meio de música, leitura ou que for. É preciso pedir para Deus nos ensinar a buscá-Lo, aí sim a frequência a igreja no fim de semana vai fazer algum sentido.

Você já testemunhou para milhares de pessoas no Maracanazinho. Como tem sido compartilhar sua história ao redor do Brasil?
Testemunhar sempre é um privilégio. Seja para 20 pessoas como num pequeno grupo ou para 12 mil pessoas como foi no Maracanazinho. Cada região do Brasil reage diferente, mas a gente percebe que a necessidade e a esperança são as mesmas. Percebo que minha experiência mexe com crianças até idosos. E a cada oportunidade em que testemunho, isso só fortalece minha fé.

O que foi pior no primeiro momento após o acidente? A dor, a perda dos movimentos ou a morte de conhecidos?
Foi a morte. Porque apesar de ter viajado com muitos desconhecidos, você nunca espera que, ao voltar de um congresso de jovens, 14 pessoas não retornem com você. Isso foi bem forte.

E você se revoltou contra Deus naquela época?
Não e em nenhum momento, porque justamente eu achava que minha recuperação era uma questão de tempo. E depois, quando fui tomando conhecimento do que realmente tinha acontecido comigo, eu passei a acreditar piamente no milagre. Para que eu ia chorar hoje se o milagre pode acontecer amanhã? No início, meu sentimento era de gratidão, porque se eu fosse a 15ª vítima, eu teria morrido perdida. Porém, depois de três anos, depois de muito pedir e nada acontecer, e concluir que Deus pode tudo, mas por alguma razão não havia me curado, aí doeu. Mas eu não me revoltei, me entristeci, porque não via perspectiva. Eu tinha 21 anos, ficava sozinha e não tinha vida acadêmica, profissional e social. Deu vontade de morrer não por revolta contra Deus, mas por falta de perspectivas.

Alguns acham que o sofrimento pode fazer milagres. As adversidades podem amolecer ou endurecer o coração?
Eu não quero aqui subestimar o papel do sofrimento na vida. A gente sabe da importância dele para o crescimento. No entanto, o mais importante é como o sofrimento é encarado. Conheci muitas pessoas que ficaram limitadas por causa de tragédias, e endureceram completamente o coração. O sofrimento pode ser uma bênção, mas não é ele e nem a alegria que muda a vida, mas o relacionamento com Deus.

Como a Igreja Adventista tem lidado com os portadores de necessidades especiais?
De forma geral não tem lidado. Temos uma legislação sobre acessibilidade que não é respeitada na maioria das igrejas. E o primeiro passo para alcançar os cadeirantes, é dar a eles o direito de ir e vir a igreja. Eu não fico constrangida de ser carregada, mas outras pessoas, principalmente os visitantes, talvez não tenham a mesma sensação. A igreja deveria ser o lugar mais acessível para todos.

Quais são alguns estereótipos dados aos cadeirantes?
A distância acaba fazendo o mito. Muitos infantilizam os portadores de deficiência, porque acreditam que eles são inferiores intelectualmente e profissionalmente. Por isso, muitos não conversam com o deficiente, mas se dirigem para quem o acompanha. Outro mito é de que os cadeirantes são assexuados e de que a deficiência transforma o caráter, como se não houvesse deficiente ladrão também. Além disso, o deficiente é associado ao feio, pobre e iletrado.

Quão independente um cadeirante pode ser?
A independência dele está muito ligada à acessibilidade das edificações. É preciso que ele se qualifique e trabalhe, para ter independência financeira, porque ter um carro, por exemplo, que facilita muitas as coisas, é preciso dinheiro. No meu caso, por influência da minha grande amiga Jaqueline, eu aprendi a adaptar, a fazer as mesmas coisas de maneira diferente. É verdade que tenho alguns profissionais que me ajudam, como uma faxineira e um personal trainner, mas consigo morar sem meus pais tranquilamente no meu apartamento.

Com o que você sonha?
Eu gostaria de trabalhar mais com voluntariado. Não sei como ainda, mas eu quero ajudar outros cadeirantes a acelerar seu processo de independência. Porque a vida continua muito boa, dependendo de quão independente você é.

E como surgiu a carreira de atleta?
Durante a minha reabilitação na AACD, um ano após o acidente, eu fui convidada a nadar. Comecei numa piscina pequena. Eu precisava fazer muito mais esforço para nadar, mas quando consegui dar braçadas sem ajuda de ninguém, aquilo foi literalmente um divisor de águas. Depois, passei a treinar em clubes e a competir em torneios nacionais. Mantive o melhor tempo do Brasil nos 50 metros borboleta durante os cinco anos em que nadei. Esse tempo era o décimo melhor do mundo e o quarto melhor das Américas. E cheguei a ser convocada para a seleção brasileira paraolímpica.

Qual é o paralelo do esporte com a vida cristã?
Eu vejo muitos. Primeiro, um atleta só é bem sucedido se tiver regularidade. Tem que treinar todos os dias, sem vontade ou com dor. O treino não faz cócegas, mas o atleta se submete a ele, porque tem uma meta. Outro paralelo é em relação a obedecer ao treinador. Ainda que você nem sempre concorde com o técnico, você não vai a lugar nenhum sem ele. Na vida cristã, é preciso pensar se queremos pagar o preço do treino, do esforço e das eventuais derrotas. Mas a recompensa é certa, porque o resultado sempre vem.

Como você testemunhou nesse ambiente esportivo?
Apesar de eu não ter competido aos sábados, tive excelentes resultados. Quando eu consegui o índice paraolímpico, veio a convocação para a seleção brasileira. Mas na hora de assinar o contrato, vi que havia uma cláusula sobre a disponibilidade para realizar as provas em qualquer dia. Fui falar com o coordenador técnico sobre a guarda do sábado e ele me disse que eu merecia estar na seleção. No entanto, era preciso que a comissão organizadora aprovasse minha participação com a abstinência às competições aos sábados. E para glória de Deus, fui aprovada por unanimidade.

Quais são as quatro grandes lições que você disse ter aprendido nos últimos 13 anos?
É verdade e eu termino meu livro com isso. A primeira é que Deus deseja ir sempre além de um relacionamento superficial conosco. E nesse aspecto, mais importante do que a velocidade com que se vive é ter a consciência de que direção vai nossa vida. A segunda lição é que Deus usa a leitura como um meio poderoso para mudar nossos hábitos e atitudes. A terceira, e mais importante delas para mim, é que a felicidade não depende de você estar na situação mais desejada. E a última é que não é preciso acontecer uma tragédia para mudar nossa experiência com Deus. Prova disso, é que alguns que passam por grandes provações abandonam a fé, ao invés de abraçá-la.

Qual é o objetivo social do seu livro?
Parte da renda com a venda dos livros, meus direitos autorais, serão revertidos para a compra de equipamentos para portadores de alguma deficiência que não tenham condições de adquiri-los. Graças a Deus, nos três primeiros meses foram vendidos mais de 3 mil exemplares do livro, um valor equivalente a duas cadeiras de rodas. Meu objetivo não é ajudar alguma instituição específica, mas fazer as doações pessoalmente. E para tornar a campanha mais transparente, eu criei um blog (http://umpassoamais.wordpress.com), no qual informo o quanto foi arrecadado e para quem foram destinados os recursos.

....

Gostou? Adquira o livro da Fernanda AQUI!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Como adquirir os livros dos nossos autores?


Clique nos links para adquirir os livros de:

CAROLINA COSTA CAVALCANTI

DENIS CRUZ
http://www.cpb.com.br/?cmdPage=busca&busca=Denis+Cruz

DOUGLAS REIS

http://www.cpb.com.br/?cmdPage=busca&busca=Douglas+Reis (Paixão Cega)

FABIANA BERTOTTI

http://livro.fabianabertotti.com 

FERNANDA LIMA
http://www.cpb.com.br/produto-1176-um+passo+a+mais.html 

LEANDRO QUADROS
http://www.leandroquadros.com.br 

MICHELSON BORGES

http://www.cpb.com.br/?cmdPage=busca&busca=Michelson+Borges

Denis Cruz e O Livro Amargo

Esta entrevista foi originalmente publicada no site do Michelson Borges (www.criacionismo.com.br) e agora a reproduzimos por aqui.




Denis Cruz
www.deniscruz.com.br
O Livro Amargo é uma obra de ficção recém-lançada pela Casa Publicadora Brasileira. O autor, Denis Cruz, é, em minha opinião, um dos maiores romancistas adventistas da atualidade. Nesta breve entrevista, ele fala um pouco sobre essa sua nova obra [Michelson Borges]:

Quando surgiu a ideia de escrever O Livro Amargo?
Denis Cruz: Surgiu de uma frase: “Nem toda história é sobre milagres.” Essa frase formou uma cena inteira em minha mente, envolvendo um jovem casal, e eu percebi que só existia um cenário para situar a história de Jerryl e Allice – que nem tinham nome naquele momento. Esse cenário era 1844, ou seja, a época do grande desapontamento.  

Qual o seu principal objetivo com esse livro?
Denis Cruz: O objetivo inicial é contar uma história que envolva o leitor. Pode parecer estranho dizer que esse é o plano principal da obra, mas explico: quando sinto o desejo de escrever, penso em todos os aspectos de enredo, trama e personagens, que são os elementos que vão prender o leitor, impelindo-o a cada página sem deixar que ele feche o livro. Depois de traçar todos esses elementos, a obra é, finalmente, preenchida e reforçada com os temas relevantes no que se refere à nossa cosmovisão cristã e adventista. Assim, posso dizer que o principal objetivo é ensinar por intermédio do entretenimento. O leitor aprende aspectos importantes sem se aperceber.

O Livro Amargo
Por que você considera importante especialmente os jovens conhecerem a história da igreja?
Denis Cruz: É clichê dizer isto, mas conhecer o passado nos ajuda a compreender o presente. Tudo o que aconteceu na história de nossa igreja é extremamente relevante para entendermos a nossa identidade denominacional. Além disso, é estudando a história do adventismo que chegamos à compreensão de que seu nascimento está situado em um momento profético, fielmente previsto na Palavra de Deus.

Com a publicação de Além da Magia, também de sua autoria, O Fim doComeço e outros títulos, a CPB tem investido na boa literatura cristã. Como você analisa o poder da literatura no contexto religioso?
Denis Cruz: Vejo esses dois livros que você citou como novos marcos na literatura adventista brasileira. São obras que ensaiam um ótimo modelo de narrativa nas páginas dos livros da CPB. Enredos envolventes, personagens cativantes, suspense, drama, emoção e romance estão no plano principal da narrativa, enquanto doutrina, profecias e demais elementos do cristianismo ficam no plano de fundo, de impulsão de enredo, ou de composição de cenário. Essa é a receita, muito bem ensinada por June Strong em seus dois best-sellers Projeto Sunligth e Canção de Eva (também da CASA).

Eu adquiri O Fim do Começo no mês seguinte ao seu lançamento e ele já estava na segunda tiragem. O Além da Magia já vendeu mais de três tiragens. E O Livro Amargo teve a primeira tiragem esgotada em menos de trinta dias. Isso demonstra que estamos no caminho certo e que a literatura tem um poder incrível para aproximar as pessoas de Deus e de Sua vontade.

Esse poder da boa ficção, do lúdico, era conhecido por Jesus. Por isso Ele utilizava as parábolas, contando histórias, utilizando elementos do cotidiano das pessoas e tudo aquilo que lhes atraía a atenção. Jesus despertava o interesse de Seus ouvintes e, ao mesmo tempo, ensinava Suas grandes verdades.

Este é o poder da literatura: atrair, despertar a atenção. O inimigo de Deus conhece muito bem esse fascínio da ficção e o usa para ensinar outros caminhos. Chegou a hora de resgatarmos essa ferramenta e a usarmos para levar pessoas aos pés de Cristo.

...

Para comprar O LIVRO AMARGO, CLIQUE AQUI!

E CLIQUE AQUI para conhecer os outros livros de Denis Cruz.

Marcados Pelo Futuro - Livro de Douglas Reis


Este texto foi originalmente publicado pelo jornalista Michelson Borges em seu site www.criacionismo.com.br e estamos reproduzindo ele por aqui.

www.questãodeconfianca.blogspot.com 

“Marcados pelo Futuro foi escrito tendo com base nas cartas do apóstolo Pedro e tem como objetivo fortalecer nossa fé na segunda vinda e esclarecer como nos posicionar de maneira inteligente diante daqueles que são contrários à nossa fé" (Pr. Paulo Silva Godinho, líder de Ministério Pessoal e Escola Sabatina da UEB).

“Douglas é naturalmente inquiridor e argumentativo. Seus artigos e o presente livro trafegam por temas complexos, mas nem por isso ininteligíveis. Sua abordagem racional serve de excelente material para os jovens fortalecerem sua fé em meio ao ambiente acadêmico. Sua apresentação sobre as bases que constituem o homem pós-moderno nos faz pensar sobre quem somos, o que queremos e em que verdadeiramente devemos acreditar. Vale a pena ler, grifar e pensar” (Elmar Borges, líder de jovens da USB).

“Como entender a mente pós-moderna, que tem conquistado terreno em todo o mundo? Como viver uma religião segundo a vontade de Deus? A presente obra lida com essa problemática de forma clara e objetiva. Certamente, Marcados Pelo Futuro é uma obra indispensável para o ser humano que ainda ouve a voz de Deus ecoando em seu coração – para aqueles que se interessam por um Deus que Se revela a cada dia, em cada segundo da existência humana” (Marcelo Rodrigues Viana, capelão e pastor auxiliar, Middle East University, Líbano).

“Encravadas no interior do Novo Testamento, como pedras preciosas, estão as epístolas universais de Pedro – cartas que ainda hoje falam à nossa sociedade pós-moderna. Como bom garimpeiro, o pastor Douglas soube extrair as gemas da verdade contidas nessas cartas e exibi-las diante de olhos que precisam desse brilho de esperança. A leitura deste livro vai lhe mostrar por que a Bíblia pode ser considerada uma carta de amor sempre atual” (Michelson Borges, jornalista e editor da Casa Publicadora Brasileira).

“A obra do Pr. Douglas Reis tem uma característica interessante. É capaz de nos conduzir em direção ao profundo ensinamento teológico de uma maneira agradável e prática. Considero que a reflexão a respeito do período pós-moderno da sociedade em relação aos ensinamentos bíblicos mais elementares é oportuna. Um jeito leve mas, ao mesmo tempo, com argumentação consistente e fruto de séria pesquisa, faz deste livro uma obra a ser realmente apreciada e divulgada” (Felipe Lemos, jornalista da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia).

(Clique aqui para comprar.)

Detalhe: Tive o prazer e o privilégio de produzir a capa desse livro do meu amigo Pr. Douglas.[Michelson Borges]


.....

O pastor Douglas Reis também é autor do livro PAIXÃO CEGA, lançado pela Casa Publicadora Brasileira em 2011.

Veja a sinopse do livro:

Cabelos compridos, físico atlético e força invejável, Sansão não tinha apenas perfil de herói, mas foi escolhido para ser um, antes mesmo de nascer. No entanto, assim como os super-heróis fictícios, ele tinha um ponto fraco: a visão. Aquele que fora chamado para liderar seu povo pela força e exemplo mostrou-se amigo dos inimigos de Israel e amante das filisteias. A rebeldia de adolescente tornou seus impulsos pecaminosos mais fortes do que seus bíceps. O nazireu promissor chegou a perder a identidade e pôr em risco a própria missão. Sua biografia só não foi mais trágica, porque a cegueira física lhe devolveu a visão espiritual. Paixão Cega conta de maneira contextualizada a história desse vacilante personagem bíblico que foi cegado pela visão. O objetivo é inspirar os jovens cristãos, pelo contraste, a vencer os assédios da cultura do século 21. Este livro vai ajudar você a enxergar as ilusões do nosso tempo e a manter o foco na sua identidade e missão.


Como enfrentar os tempos atuais sem perder a visão daquilo que Deus quer de você? Através do exemplo de Sansão, Paixão Cega explora temas como visão, missão, tentações sexuais, desafios intelectuais e escolhas, dentro do contexto pós-moderno. Curiosidade: o livro adapta uma semana de oração e se propõe a ser um devocional focado em jovens adultos, no contexto dos desafios da pós-modernidade.


Para adquirir o livro PAIXÃO CEGA, CLIQUE AQUI!

Fabiana Bertotti - Entrevista

A entrevista abaixo foi originalmente publicada no site MULHER ADVENTISTA e estamos reproduzindo por aqui.




http://fabianabertotti.com
“Jornalista baiana que cresceu em São Paulo e trabalha no Sul. Apresentadora de TV, repórter da Revista Vida e Saúde e inquieta por natureza.” É assim que a escritora e jornalista Fabiana Bertotti se define em sua página do Facebook.

Recentemente tive o prazer de conhecer pessoalmente esta que é uma das mulheres que mais admiro. O vigor com que Fabiana escreve e articula ideias a tornou minha escritora favorita depois de Ellen G. White (que a propósito possui um vigor bem semelhante).

É com muito prazer que convido você a ler um pouquinho sobre Fabiana Bertotti e seu livro “Submissa? {Todos têm um dono}”.

Mulher Adventista: Estamos acostumados a ver a Fabiana na TV e a ler o que ela escreve em revistas e na internet. Mas, quem ou como é a Fabiana que existe para além das câmeras ou do teclado do computador?
Fabiana: Acho que é a mesma. Como sou jornalista, não tenho a habilidade de criar um personagem para cada faceta do trabalho, então é a pessoa física com talentos e deficiências que aparece no vídeo ou nos textos que vão conhecer pessoalmente por aí. Inquieta, falante e cheia de perguntas.

Mulher Adventista: Com base em alguns textos seus que já li, tenho a impressão que sua infância foi um período marcante, com o qual você continua aprendendo ainda hoje. Fale um pouquinho para nós sobre esse período de sua vida, as experiências mais marcantes que viveu em família e porque essas experiências lhe marcaram.
Fabiana: Minha família é minha vida, minha base forte, um lugar para onde sempre volto com segurança. Fui uma criança feliz e bem tratada pelos pais, mesmo sendo muito pobre. Passamos dificuldades, inclusive para comer. Não tinha brinquedos ou roupas novas, mas também não sentia muita falta, pois tive pais presentes, amorosos e interessados na minha felicidade. São semianalfabetos os meus pais, gente simples, mas direita, trabalhadora e que têm a família como prioridade.

Mulher Adventista: Quando e como você escolheu fazer jornalismo? O que motivou ou influenciou a sua escolha?
Fabiana: Acho que de fato eu sempre quis, mesmo quando não tinha o nome em mente. Um pastor que tive aos 13 anos, pastor Evaldo Krahembüll, foi muito importante para este discernimento. Ele me colocou como “repórter” de camporis e eventos da igreja e me ensinou o básico do início. Fui crescendo e pensei em História e Direito também, mas descobri que nos dois cursos o que queria culminava no jornalismo: pesquisa, denúncia e serviço.

Mulher Adventista: Você é casada com um pastor. Ser esposa de pastor também é uma decisão importante. Como foi isso para você?
Fabiana: Primeiro eu escolhi o Rodrigo, daí foi fácil (risos). Ser esposa de pastor é ser responsável pelo exemplo que você nem sabe que dá, mas no fundo, não é o maior peso. Assim como qualquer outra mulher cristã, meu desafio e acordar a cada dia e deixar Deus ser meu Guia supremo e isto é difícil pra você e pra mim, independente do ministério de nossos maridos.

Mulher Adventista: E a Fabiana escritora? Quando você descobriu essa face de si mesma?
Fabiana: Eu escrevi um livro ainda criança e até o ilustrei, tenho guardado na casa dos meus pais. Sou boa contadora de história, mas sou também boa ouvinte de histórias. Ser escritora é um sonho antigo, mas faltava confiança própria para colocar isto em prática e acho que se eu puder ser reconhecida por isto um dia, o mérito é do meu marido que sempre acreditou e motivou esta habilidade.

http://livro.fabianabertotti.com/
Mulher Adventista: Fale-me um pouquinho sobre o livro “Submissa? {Todos têm um dono}”. Como surgiu a ideia de escrever um livro com um tema tão mal compreendido em nossa época?
Fabiana: A ideia surgiu de ouvir as dúvidas das mulheres cristãs por todo canto que vou. Uma vez uma me falou que fazia sexo anal com o marido porque ele a convenceu perante a Bíblia que ela tinha que ser submissa a ele e ela cedia, mesmo não querendo. Vê isto?! Tive a bênção de poder estudar num colégio interno, ter bons professores e tutores espirituais e as dúvidas que um dia me atormentaram sobre submissão e o papel da mulher na família, na sociedade e da igreja foram respondidas. Acho justo passar adiante e ser uma luz para algumas. Este é um conceito pouco aceito pelas mulheres de hoje, pois fomos ensinadas a nos rebelarmos contra os homens, uma bobagem!

Mulher Adventista: Você tem um perfil muito adequado a uma mulher moderna – é bem articulada, tem formação acadêmica, pensamento crítico… – e para algumas pessoas isso não combina com submissão. Você escolheu ser submissa. Por quê?
Fabiana:  Porque é libertador! (risos) A submissão no conceito bíblico é uma bênção, proteção e puro romantismo, é só olhar direito. Ser submissa não é ser capacho, não é ser menor ou ficar à parte, mas antes é preciso entender o contexto e analisar bem o marido, né?! Outro dia falei no Twitter que eu obedecia ao meu marido e recebi uma leva de mensagens me criticando pelo comportamento retrógrado. Achei engraçado como as mulheres tem horror a isto.

Mulher Adventista: Acredito que você tenha ótimas expectativas e sonhos sobre o efeito que a leitura do seu livro poderá causar na vida de muitas mulheres. Já ouvi o áudio do primeiro capítulo e achei simplesmente excelente. Sei que o livro se destina ao público feminino em geral, mas, gostaria de ser um pouco mais específica nesse momento. Para você, o que significa ser mulher adventista, e o que a submissão tem a ver com a mulher adventista?
Fabiana: Sonho muito com este livro, há muito tempo, aliás. Há mais de um ano um casal de amigos, o Derson e a Daya, me convenceram da utilidade dele e por todas as mulheres que querem ser melhores para Deus é que escrevi. Acho que ser mulher adventista é ser uma cristã convicta do seu papel, da sua importância e influência e talvez muitas coisas nos tirem o foco disso. O livro é um grito amigo, para despertar alguns setores adormecidos. Eu o chamo de conversa, pois é mais ou menos isto que se encontrará lá. Não pretendo ensinar nada, ser melhor ou mais sabida que minhas leitoras. Quero apenas conversar com elas e discutir isto de ser cristã num mundo que nos rejeita se não o seguirmos.

Mulher Adventista: Fabiana, agradeço sua disponibilidade em compartilhar um pouquinho do seu tempo e também de suas experiências e ideias conosco. Gostaria que deixasse uma mensagem final para nossas amigas leitoras.
Fabiana: Obrigada pelo espaço e carinho e só queria convidá-las à leitura e que possam usar este livro para se achegar mais ao Pai, ao colo dEle, sentir um abraço confortador e protetor de Deus. Se eu puder ajudar só um pouquinho, já valeu a pena.

Para adquirir o livro Submissa? {Todos têm um dono} CLIQUE AQUI

Se você deseja ouvir o primeiro capítulo do livro, CLIQUE AQUI. Você vai adorar!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...